quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Chuva


Olho para a janela do meu quarto e ainda vejo as gotas a escorrer. Embora a chuva tenha parado por um instante, a visão que tenho para a rua continua deprimente. A única luz que se vê é a dos postes de iluminação, porque a lua está tapada pelas nuvens, e só de vez em quando é que passa um carro por ali.
Não está muito vento, mas é o suficiente para abanar as árvores à volta da estrada. E não se vê ninguém lá fora.Não que costume haver muita gente, mas às vezes ainda passam uns homens a falar, possivelmente, com a garrafa de cerveja que trazem na mão, ou os na bicicleta, a pedalar o mais rápido que conseguirem para chegar sabe-se lá onde. Mas hoje, as ruas estão vazias, assustadoras, tristes.

Fechei a cortina. Não quero olhar.